domingo, 30 de novembro de 2008

Zé Ramalho Canta Bob Dylan



1 Medley: Wigwam / Para Dylan
2 O Amanhã é Distante
3 If Not for You
4 Batendo na Porta do Céu (Versão II)
5 O Homem Deu Nome a Todos Animais
6 Tá Tudo Mudando
7 Como uma Pedra a Rolar
8 Negro Amor
9 Não Pense Duas Vezes, Tá Tudo Bem
10 Rock Feeling Good
11 O Vento Vai Responder
12 Mr. do Pandeiro

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Zé Ramalho Muda Tudo

Não foi na recente passagem de Bob Dylan pelo Brasil que Zé Ramalho finalmente conseguiu ficar frente a frente com seu ídolo de juventude. O músico paraibano, a bem da verdade, nem tentou um encontro. Sabe-se que Dylan é figura difícil, mas Ramalho ameniza. "Como ele viaja tanto, resta pouco tempo para descansar." O mais próximo que ele ficou do norte-americano foi na platéia de shows de sua turnê brasileira.

Ao homem que lhe fascinou pelas letras longas e pelo jeito muito particular de cantar, Zé Ramalho dedica seu próximo trabalho, Tá Tudo Mudando, que será lançado em CD e DVD. Nele, o músico escancara versões para o português, de sua autoria e outros compositores, de clássicos de Dylan. A faixa-título, composta por Maurício Baia e Gabriel Moura, por exemplo, é uma versão da recente "Things Have Changed" (vencedora do Oscar de Melhor Canção Original pelo filme Garotos Incríveis, de 2000).

Inspirado pela emblemática "Blowin' in the Wind", Ramalho escreveu "O Vento Vai Responder". A bíblica "Man Gave Names to All the Animals" foi rebatizada literalmente de "O Homem Deu Nome a Todos Animais". Com o parceiro Babal, transformou "Like a Rolling Stone" em "Como Uma Pedra a Rolar" e, com outro parceiro, Maurício Baia, "Tombstone Blues" virou "Rock Feelingood". Versões de Caetano Veloso, Bráulio Tavares e Geraldo Azevedo também entraram no projeto.

"É difícil versionar para uma língua como o português idéias tão revolucionárias como as dele. Tive cuidado para não fugir da visão do poeta", confessa. Mas, para seu alivio, Dylan já aprovou o "formato musical nordeste-mpb-quase nada de pop" que o brasileiro imprimiu em sua obra. "Ele mandou dizer que quer ouvir quando estiver pronto!" Dylan vai ouvir essas e outras versões, além de "If Not for You" (em inglês) e a inédita "Para Dylan". Zé Ramalho e banda já mergulharam na maratona de ensaios no Studio Robertinho de Recife (Rio de Janeiro), mas devem iniciar as gravações em julho, em sessões ao vivo.

Fonte:
http://www.rollingstone.com.br

sábado, 1 de novembro de 2008

Mr. Tambourine Man

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Tá Tudo Mudando

Foto: Divulgação Por suas letras verborrágicas, Zé Ramalho sempre foi associado a Bob Dylan, ainda que o tom apocalíptico do cancioneiro do artista paraibano transite em universo distante da obra do compositor americano.
Seja como for, este eventual parentesco vai ser realçado no CD ‘Zé Ramalho Canta Bob Dylan — Tá Tudo Mudando’, nas lojas em breve. No disco, produzido por Robertinho de Recife, Ramalho insere o repertório de Dylan no universo da MPB e da música nordestina através de versões que buscam fidelidade às letras originais.

Canção inédita

Não é a primeira vez que Ramalho verte Dylan. ‘Frevoador’, a faixa-título do CD que ele lançou em 1992, era versão de ‘Hurricane’, um dos clássicos de Dylan. Em ‘Tá Tudo Mudando’, aliás, a opção foi por priorizar os sucessos antigos, embora a faixa-título seja versão de ‘Things Have Changed’, a recente canção da trilha do filme ‘Garotos Incríveis’ que rendeu um Oscar a Dylan. Tanto que estão garantidas no repertório as versões de ‘Like a Rolling Stone’ (‘Como uma Pedra a Rolar’) e de ‘Blowin’ in the Wind’ (‘O Vento Vai Responder’).
Nem tudo, porém, é versão no CD que vai ser editado pela gravadora EMI Music também no formato de DVD. Ramalho ficou de cantar ‘If Not for You’ no original em inglês e de apresentar uma ou outra música inédita de sua autoria, caso de ‘Para Dylan’, idealizada para servir como recado ao compositor norte-americano.
Dono de obra autoral, Ramalho não assina todas as versões de ‘Tá Tudo Mudando’. A faixa-título, por exemplo, é da lavra de Gabriel Moura (compositor carioca identificado com o universo do samba) e Maurício Baia. Baia é colaborador também da versão de ‘Tombstone Blues’, que se transformou no ‘Rock Feelin’good’.
De Caetano Veloso, Ramalho recupera a bela ‘Negro Amor’, versão de ‘It’s All Over Now, Baby Blue’, lançada por Gal Costa em 1977 num de seus álbuns mais roqueiros, ‘Caras e Bocas’.
Sem se afastar do universo nordestino que norteia a sua discografia, Ramalho — que já fez sucesso com boa versão de ‘Knockin’ on Heaven’s Door’ (‘Batendo na Porta do Céu’) — também requisitou as colaborações de parceiros como Geraldo Azevedo e Bráulio Tavares.

Fonte:

Mauro Ferreira
http://terra.com.br

sábado, 18 de outubro de 2008

Ao Profeta


Eu deveria ter uns doze ou treze anos quando meu pai comprou a então versão em vinil em compacto daquela música chamada Avohai. O outro lado do disquinho era Vila do Sossego. Meus pais adoravam as músicas e perdi a conta das vezes em que a colocavam para tocar durante uma semana. Eu ficava ouvindo aquele som diferente e aquela letra estranha, mas enigmática mas hipnótica, mesmo para a pouca idade que contava naquela época.

O cantor daquelas músicas volta e meio aparecia nos programas da televisão existentes naqueles idos, e lembro vagamente que ficávamos assitindo entre encantados e embasbacados. Era um cantor e compositor paraibano muito estranho, pelo menos para os padrões vigentes na mentalidade do povo brasileiro de então. Uma figura muito exótica na sua apresentação - algo semelhante a um hippie remanescente dos idos de sessenta. Ou seria setenta?

Com o passar dos anos fomos vivendo e acompanhando volta e meia as novidades músicais do Zé Ramalho que em muitas vezes era denominado com o codinome de Profeta da Paraiba, dado o teor mistico e surreal das suas composições. E por causa daquela primeira Avohai nunca mais pude me desprender da obra musical sem paralelo no nosso país, daquel tal Profeta.

E com o passar dos anos pude também visitar a terra de origem deste Profeta - como aliás acabo de fazer com a familia pela terceira vez! E pude compreender melhor de onde vinha a inspiração daquela música do outro mundo. Pude emergir no espirito da canção Beira-Mar, onde ele diz em duas versões que entende "(...) a noite como um oceano que banha de sombras um mundo de sol aurora que luta por um arrebol, de cores vibrantes e ar soberano(...)".Pude compreender que nasceu da magia daquela natureza paradisiaca o fôlego de versos como "(...) pode ser que ninguém me compreenda/quando digo que sou visionário(...) mas a mente talvez não me atenda/se eu quiser novamente retornar para um mundo de leis me obrigar/a lutar pelo erro do engano/eu prefiro um galope soberano/a loucura do mundo me entregar."

Ainda bem que Zé Ramalho não se entregou à loucura do mundo - assim como a prodigiosa natureza paradisiaca da Paraiba. Ainda bem que o mar por lá - limpo, morno, manso, cristalino e hipnótico, com os seus coqueirais a perder de vista e a sua areia branca, a tranquilidade imanente naquelas praias sem fim: o calor humano do povo de João Pessoa indicativo da religiosidade merente no próprio lugar - insistem - ainda! - em se manter os mesmos.

De uma terra como aquela só poderiam brotar profetas! Profetas da beleza impar da melodia e da palavra, da poesia profunda e transcedente. Artistas transmissores do autêntico espírito da paz tão escasso nos nossos dias, e do qual anda a humanidade tão sedenta em meio a desastres, desespero, e caos aéreos sem explicação plausível em meio as stress crônico e desassossegado peculiar ao ultra povoamento das cidades do sul!

Eu demorei a prestar esta homenagem, talvez que também gerado e vinda à luz como uma flor! Como aquele belo girassol à beira-mar na praia do Cabo Branco, ornando como jóia rara o panorama divino de João Pessoa que nos presenteia o espírito e os olhos cansados com inigualável reconforto originado nas fontes celestiais!

Obrigado a este pequeno e insuspeitado pedaço dos céus baixado à Terra e às terras brasileiras por esta oferta de luz impagável dos nossos seres! Obrigada por nos presentear com o perfume dos ares puros, com o idílio visual das suas paisagens verdes e inigualáveis , com o calor humano do seu povo!

E obrigado por ter nascido, da tranqüilidade destas paragens de vastos e mansos mares verdes, de águas tépidas, para nós – e para o supremo encanto do nosso espírito! O soberano Zé Ramalho, com a maravilha da sua obra poética e musical!

 Obrigada ao nosso Profeta da Paraiba!

 Com amor

 Cristina Nunes

 Fonte:

 http://recantodasletras.uol.com.br

http://ocaricato.zip.net/

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